quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Desconstruindo


Desta vez farei questão de nomear minha tão agradável interlocutora telefônica que, mais uma vez e algumas horas a mais de conversa, faz minha cabeça borbulhar de idéias: Laila. Se continuar assim, vou acabar virando escritor, pois afinal de contas hoje qualquer um pode ser.

Falando em “qualquer um” pode ser escritor, vou pedir a vocês meus amados leitores [os primeiros traços de esquizofrenia começam a aparecer] uma pausa para fazer a propaganda do blog de um companheiro meu de lutas e de álcool. Meu anarquista favorito – provavelmente o único -, kiko: http://anarconerd.blogspot.com/

Publicidade a parte, o assunto transmitido por fibra ótica que, desta vez me inspirou foi sobre relacionamento. Amor, paixão, companheirismo, ou seja, todos aqueles assuntos extremamente batidos e que provavelmente todos já falaram tudo que já tinham pra falar. Portanto, se acharam que dessa vez eu iria escrever algo mais interessante do que foi escrito nos últimos 3 posts, esqueçam e vão arrumar algo pra fazer. Ultimamente, por motivos óbvios, este é o assunto que me inspira a escrever. Contentem-se, não foi por falta de aviso. Como vocês já sabem – ou os que leram o último post já sabem – não tenho mais medo de ser repetitivo, banal, e todos os outros belos adjetivos que muitos já devem ter dado para meu blog.

Não sou mais um romântico! Calma meninas! Não deixarei de ser o homem gentil e sensível que sempre fui [minha esquizofrenia avança mais rápido que eu imaginava... será que chego ao fim do post?]. O que quero dizer é que na verdade nunca fui romântico. O que é ser romântico? Se pensarmos em termos histórico-literários o romântico é aquele cara que, como no século XIX, corteja a mulher, leva presentinhos, a conquista e no final pede a mão da menina para seu pai. Ou seja: a mulher é um sujeito passivo da história, algo a ser conquistado, o que ela faz é aceitar ou não e no final, quem dirá se este objeto pode ou não ser possuído pelo romântico, é o macho-alfa do bando, - ou o “patriarca da família” para quem prefere um termo mais romântico -.

Não... Definitivamente não sou este romântico e definitivamente é contra isso que luto. Por isso vim aqui desconstruir esta imagem. Foi contra isso que as mulheres lutaram durante o século XX, principalmente, e hoje em dia. É exatamente este amor romântico valorizado em telenovelas, filmes holiwoodianos e vendido para nós como tipo ideal de relacionamento. Depois dizem que a mulher já conquistou tudo que tinha a conquistar. Um relacionamento é algo construído por dois e os dois são sujeitos ativos de tal relacionamento, assim como devem ser sujeitos ativos da sociedade.

Já tomei providências para desmitificar esta idéia e certamente a principal delas foi sair da comunidade do Orkut “românticos assumidos”! Este foi um ato de bravura revolucionária e incentivo que todos aqueles que querem mudar nossa sociedade façam coisas parecidas em seus orkuts, pois afinal de contas é assim que aprendemos que as coisas poderão mudar... Ou será que,...

[Atenção! Minha esquizofrenia atingiu um alto grau, pois começo a achar que a sociedade na verdade se muda nas ruas e de forma coletiva.]

Oh, droga! Os Federais!

(...)

3 comentários:

  1. Eu discordo... profundamente...
    Mais tarde passo para descorrer sobre isso mas estou na facul e tenho aula agora.
    O romantismo nao é uni-lateral assim como um romance nao pode ser.

    Bisous e volto mais tarde.

    ResponderExcluir
  2. Eu lia, atentamente, despretensiosamente, até, só pra ver o que andavas escrevendo por aqui. Foi quando deparei-me com a seguinte frase: "Meu anarquista favorito – provavelmente o único -, kiko: http://anarconerd.blogspot.com/" e daí em diante nada mais foi apreendido pelo meu cérebro tão adorado. Tudo que eu podia pensar era "e eu, onde fico nisso?".
    Ora de desmitificar e desconstruir teus conceitos de "unicidade" também, que tal? ;)

    (ciuminho mesmo, culpa da esquizofrenia que deve ser herança de família =P)

    ResponderExcluir
  3. Eu sabia que ias reclamar! =P
    Quase botei um PS no finalpra explicar, mas eu explico aqui! rs

    Não só foi apenas um recurso literário pra deixar ou tentar dexar as coisas mais engraçadas, como poderia dizer que ele é meu anarquista favorito do sexo mascolino! hahaha

    mas sério! Tu és minha anarquista favorita do sexo femenino!

    ^^

    ResponderExcluir