quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Sem Medo de Ser Idiota
Uma conversa de cerca de três horas e meia ao telefone possui duas características básicas. Não estou falando da dor na orelha, ou a dor no coração que dará no final do mês ao receber a conta. As duas características básicas da qual me refiro são primeiro: a conversa deve ser muito agradável. Isto porque, mesmo que uma pessoa chata e insistente te ligue e você, que certamente é muito educado – é fácil presumir isso pelo simples fato de que estás aqui lendo este malfadado blog -, a conversa não há de durar mais de uma hora - e caso dure é bom que você procure um especialista que te ensine a dizer “não” ao telefone, ou ao receber o link de um blog-.
A segunda característica básica é aquela que me importa nesse post especificamente. Numa conversa de cerca de três horas e meia, normalmente é abordado uma grande variedade de assuntos, tão grande quanto à variedade de assuntos que este blog pretende abordar. E por isso mesmo, durante esta agradável conversa de três horas e meia, tive umas centenas de idéias sobre o que escrever no meu blog.
Dentre tantos assuntos, um me chamou atenção. Quando meu interlocutor falou que não precisamos ter medo, ou vergonha de sermos idiotas de vez em quando. Ou seja, se nos preocuparmos em sempre falar ou escrever coisas inovadoras, inteligentes, ou qualquer coisa nesse sentido estaremos renegando o nosso lado humano idiota. Aquele lado que escreve coisas que soa retardado para todo mundo, mas que fará total sentido para uma ou duas pessoas no máximo. Além do mais, se quisermos apenas escrever aquilo que ninguém jamais escreveu, é melhor desistir e procurar o que fazer na internet – Orkut -, pois ao longo de milênios de civilização, te garanto que tudo já foi dito. Isto não tira o mérito, ou a beleza de algo reciclado após anos. Mesmo pequeninos, enxergamos mais longe quando subimos nos ombros de gigantes [frase não minha].
Por fim, essa longa introdução nada mais foi que uma justificativa patética de um poema – se é que posso chamar assim – patético que escrevi um dia desses. Mas meu agradável interlocutor de três horas e meia no telefone, me convenceu de que não devemos fugir de nossas pateticidades.
Então aí está... E vou logo alertando... Terão mais por vir. [Isto é sim, uma ameaça!]
“Que falta eu sinto...
De dizer e receber um sincero ‘te amo’
De um chamego
Do afago
De uma bobagem amorosa que em outra circunstância nunca falaríamos...
...e prometemos para nós mesmo que jamais iremos falar
De uma bobagem dita ao pé do ouvido
De uma piada interna íntima
Da saudade que bate logo após a despedida
Da ligação ‘só para ouvir sua voz’
Da festa de família chata que, mesmo assim, curtimos por estar com quem estamos
Do silêncio não constrangedor
Do desejar
Do sentir o calor da intimidade compartilhada
Do olhar que tudo diz
De ler um poema clichê desse e se identificar com cada linha...
...e imaginar uma porção de outras que caberiam aí
Que falta eu sinto...
De dizer e receber um sincero ‘te amo’”
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Renan, se vc acha q é um clichê os sentimentos do amor, então eu sou uma sentimentalóide sem cura. Adoro as bobices q falamos qdo estamos apaixonados, e vale a pena ficar ao tel. várias horas, principalmente qdo é o outro q liga!ha ha ha . Sua produção literária esá de vento em popa. bjão ana
ResponderExcluiradoro mamãe coruja!
ResponderExcluiré. sentia falta disso quando não amava ninguém, e ninguém em amava.
ResponderExcluirNão sinto falta de nada disso, não tenho nenhum interesse em bancar a idiota e mostrar minha idiotice pelo mundo afora e pouco em importa se me amam ou quem eu posso vir a amar.
ResponderExcluirAh, eu eu minto, principalmente quando percebo que tô ficando sentimental como meu maninho caçula =P