segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
O medo do desconhecido é provavelmente um dos maiores medos da humanidade. E aqueles que me vierem dizer que na verdade é o medo da morte, replico dizendo que o medo da morte é nada mais que o medo do desconhecido.
Olho nesse momento para uma estrada escura que leva algum lugar que não vejo onde. Talvez esse lugar não passe muitos metros depois que a escuridão tomou conta de tudo. Talvez, ali escondido no breu do desconhecido esteja uma parede intransponível de tijolos. Talvez o caminho prossiga, cada vez mais para longe, cada vez mais para fundo de um futuro que por mais que aperte meus olhos não consigo enxergar e que desconheço.
Seja uma parede escondida na escuridão. Seja um longo caminho que jamais saberei onde vai dar – num lugar lindo e reconfortante, ou o inverso disso – sei que não serei quem eu realmente sou se não encarar o medo e avançar. Avançar sem se preocupar o que ta para depois da escuridão. Depois do desconhecido. Continuar caminhando por essa estrada valorizando cada passo sem se preocupar com os dois passos seguintes. Valorizar essa lua cheia que sopra um vento fresco e assim refresca os corpos quentes dos que caminham. Esta lua também não sabe responder o que vem no futuro e se soubesse eu não ia querer ouvir, pois, por mais medo que tenhamos do desconhecido, tudo ficaria sem graça de nada tremêssemos.
Não se preocupe se nada entendeu deste post. Não era para ninguém, além de mim e da lua cheia, entender mesmo.
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Muito interessante este seu post, engraçado... me faz lembrar um momento, um pensamento, uma filosofia atual. Me faz lembrar que viver, simplesmente viver deve ser um objetivo. E talvez o único.E que as nossas ações devem em primeiro lugar estar ligadas as coisas concretas muito mais do que a idealizações do que pode vir a ser. Nada mais gostoso do que a lua sobre o corpo e simplesmente isso.
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